Raízes Agroecológicas

contexto

O projeto Raízes Agroecológicas é uma parceria entre o Instituto Muhda, o Espaço Flor de Hibisco e o Açaí Barbacuá a ser executado entre outubro de 2023 e agosto de 2024.

Com financiamento do Fundo Casa Socioambiental, melhoraremos um sistema agroflorestal (SAF) para reinserir uma espécie nativa endêmica da Mata Atlântica: a palmeira Juçara.

Como resultado esperado, o projeto prevê a doação de mais de um milhão de sementes para futuro plantio em terras indígenas Guarani M’bya do norte de Santa Catarina, que já compõem a rede de parcerias e apoios do Espaço Flor de Hibisco, do Instituto Muhda e do Açaí Barbacuá.

sobre o projeto

Realizado no assentamento agroecológico Justino Draszevski (Araquari/SC), onde se situa o Flor de Hibisco, o projeto visa a melhoria de um sistema agroflorestal de 10.000m², existente há 3 anos e que já alimenta cerca de 50 famílias de agricultores e indígenas Guarani M’bya da região.

As atividades incluem o plantio de outras espécies nativas além da juçara, como o milho e o repolho, com mutirões de implantação, plantio e colheita junto às comunidades Guarani.

O desenho do SAF incorpora novos alimentos de base biodiversa e espécies com potencial tintorial para aplicação nas artes naturais, estimulando a prática florestal do bioma Mata Atlântica em conjunto com a valorização de hábitos e culturas tradicionais ancestrais, como o tingimento natural e o cultivo de plantas nativas.

Assim, para as comunidades indígenas Guarani M’bya beneficiadas, o projeto fomentará a criação de redes de suprimentos da matéria-prima pelas sementes de Juçara, utilizadas na produção do artesanato, e também a produção de tinturaria natural a partir das espécies com potencial tintório que integrarão o SAF.

Ao final do projeto, 50% da produção resultante do SAF será destinada ao povo M’bya, que participará das atividades, e a outra metade será reservada aos agricultores assentados, principais executores do projeto.

conheça

Açaí Barbacuá

A Agroindústria Familiar Barbacuá está localizada no município de Praia Grande (SC), e tem como filosofia é a regeneração da Mata Atlântica a partir da conservação da espécie de palmeira Juçara.

O estímulo ao plantio das Juçaras promove uma economia circular na medida em que as mudas doadas aos pequenos agricultores permitem o fornecimento de posteriores frutos às famílias produtoras de açaí. Já a presença da Juçara nas áreas agroflorestais permite a disponibilidade de alimentos para animais e humanos, contribuindo para um ecossistema equilibrado. 

Em 7 anos de história, o movimento Barbacuá já beneficiou mais de 30 toneladas de frutos e distribuiu 10 milhões de sementes.

Cerca de 50 famílias de agricultores foram impactadas durante esse período. A atuação desta rede também se dá pela educação ambiental, no desenvolvimento de práticas e oficinas de conscientização sobre a importância ecológica da palmeira Juçara, o desenvolvimento sustentável, a soberania alimentar e o empreendedorismo agroecológico.

Hoje, a rede Barbacuá já integra os municípios de Praia Grande, Mampituba, Morro Grande e Jacinto Machado, em Santa Catarina, além de Itati e Maquiné, no Rio Grande do Sul.

projeto realizado com recursos do

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